Não é de hoje que a internet vem revolucionando a forma como pagamentos são executados. Por isso, o Banco Central finalmente decidiu entrar nessa onda, criando uma nova modalidade de pagamento, o Pix!
Essa nova forma de pagamento será oferecida para bancos, empresas e instituições financeiras ao lado de outras opções já bem conhecidas, como o DOC, o TED e pagamentos via cartão de crédito ou débito.
Confira nossa análise para entender um pouco melhor como esse sistema funciona, entender quais são suas vantagens, benefícios e como o PIX pode mudar de vez a forma como realizamos compras no Brasil.
Mas afinal, como funciona?
O Pix nada mais é do que uma nova forma de fazer transações eletrônicas, receber e realizar pagamentos. A grande vantagem é que diferente de outros métodos de pagamento, ele é livre de custos para pessoas físicas e microempreendedores individuais. Outra vantagem é que diferente de outros métodos, aqui a transação acontece em questão de segundos.
Incialmente, cabe aos bancos e instituições financeiras interessadas procurarem o Banco Central para fazer o registro da atividade. Então, o serviço passará a fazer parte das opções de transferência, seja no aplicativo da empresa ou via internet banking, no caso dos bancos.
Além da velocidade, diferente do DOC ou do TED, com o Pix não é necessário conhecer de antemão todos os dados de quem irá receber a transação, como nome, CPF, número da conta, etc. Com o Pix, tudo é feito através do celular, com a leitura de QR Codes ou via aplicativo.
O que muda com o Pix para o consumidor?
Em muitos países, já é padrão executar pagamentos via celular. Um grande exemplo é a China, onde essa se tornou a principal forma de executar pagamentos e realizar transferências de forma totalmente informatizada.
Com a pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social, essa alternativa tornou-se ainda mais importante; principalmente em restaurantes e estabelecimentos comerciais que já voltaram a funcionar.
Ao receber a conta na mesa, por exemplo, basta fazer a leitura de QR Code para realizar o pagamento via celular. E isso não é exatamente uma novidade, pois já possuímos alguns aplicativos que permitem esse tipo de transferência, como o PicPay ou outras carteiras eletrônicas que estão se popularizando.
A vantagem aqui é que o PIX é uma iniciativa do Banco Central, sem custo ou taxas adicionais para o consumidor.
O que muda para os prestadores de serviços?
Incialmente, os maiores prejudicados, ou que terão de se adaptar com a chegada do PIX, são as operadoras de cartão de crédito e as empresas que oferecem aluguel de máquinas de cartão; já que o celular passará a fazer essa função.
No entanto, para a maioria das empresas, o PIX oferece uma série de vantagens. A começar pelo pagamento acontecer direto entre pagador e recebedor, eliminando o banco como intermediário.
Isso ajuda a poupar com taxas, já que o PIX possui tarifas menores do que os boletos bancários ou cartões de crédito, por exemplo. E, diferente do DOC ou do TED, a transação acontece em, no máximo, 10 segundos. Tudo isso em um serviço eletrônico que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Imagine pagar um fornecedor, por exemplo. Utilizando o PIX, é como se a transação fosse realizada com dinheiro real, em questão de segundos, de forma mais barata e prática. É possível realizar até mesmo o pagamento dos funcionários com essa nova ferramenta, utilizando apenas uma chave PIX.
O que é e como obter uma chave PIX?
A chave PIX veio para substituir seus dados pessoais ao executar um pagamento, como RG, CPF ou dados bancários. Nesse caso, a chave PIX funciona como um código, como o seu número de telefone, por exemplo.
E, se você já se interessou pelo serviço e deseja incorporá-lo a sua empresa, é preciso entrar em contato com o Banco Central para cadastrar uma ou mais chaves, então ao invés de oferecer seus dados, basta informar a chave PIX para receber e realizar pagamentos.
Por enquanto, é possível criar chaves PIX utilizando um número de CPF, o número do seu telefone celular, um e-mail ou até mesmo optar pela criação de uma chave aleatória. O serviço de cadastro começou dia 5 de outubro.
Para pessoas físicas, é possível criar até 5 chaves por conta, enquanto na pessoa jurídica são oferecidas até 20 chaves por conta. A partir daí, você pode decidir quais chaves serão atreladas a quais contas, caso você possua mais que uma.
Se você acha que não se acostumará com as chaves PIX, o serviço também possibilita que você continue informando os dados pessoais e bancários do recebedor, de forma semelhante ao que já temos com o TED e DOC.
Quando o PIX passa a funcionar?
O Banco Central já vinha estudando e trabalhando na implantação do PIX há algum tempo. Ele foi oficialmente anunciado em fevereiro de 2020, mas só ganhou visibilidade em outubro, quando as chaves começaram a ser distribuídas.
Os bancos e fintechs com mais de 500 mil contas tem até o dia 5 de novembro para se adequar, e o PIX passa a funcionar oficialmente a partir do dia 16 de novembro de 2020 em todo o território nacional.
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