A pandemia do novo coronavírus foi um golpe duro não só para a saúde dos brasileiros. E seus impactos negativos na economia durante o último ano ainda irão refletir em vários segmentos do mercado ao longo de 2021.
O setor imobiliário, por exemplo, foi um dos que sofreu durante o ano de 2020 com as regras de distanciamento social. Com negócios sendo fechados ou funcionando em horários restritos, muitos inquilinos buscaram por descontos ou negociaram novas formas de pagar seus aluguéis.
No geral, foi um ano em que vimos a inflação e o desemprego disparar. 2021 já começou com mais alguns sustos para quem paga aluguel, com o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subindo 23,14%, uma alta que não é vista desde 2012.
Como o aumento do IGP-M afeta o valor do aluguel?
Além do IGP-M, o valor do aluguel também costuma acompanhar o IPCA, o índice da inflação medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele ficou em 4,31% até a última medição em novembro de 2020.
Embora não seja regra, o IGP-M costuma ser a taxa que consta em contrato para justificar o reajusta no valor dos aluguéis. E se é esse o caso, a única opção é a renegociação dos valores entre o inquilino e o dono do imóvel.
A verdade é, que independente de qual seja o índice levado em consideração para o aumento, tanto o IGP-M quanto o IPCA devem continuar subindo até a situação da pandemia se resolver. Isso deve levar mais um ou dois anos até que o setor volte a um cenário de estabilidade.
O que fazer diante dos aumentos do IGP-M e do IPCA?
Com as vacinas começando a aparecer, parece que o período mais crítico da pandemia começou a ficar para trás. Mas enquanto o cenário não muda, o mais importante para todos os interessados é não manter os imóveis parados.
Para o dono do imóvel, que continua tendo que arcar com IPTU e outros compromissos fiscais, é natural enxergar essa alta como uma vantagem para elevar um pouco o preço e recuperar o tempo parado.
Mas se o valor fica muito elevado a procura pelos imóveis para aluguéis acaba abaixando. Então é aconselhável encontrar um meio termo, principalmente com inquilinos que possuem contratos de longa data e histórico de bons pagadores.
Uma boa solução é adiar o aumento para o final do ano, quando o cenário deve ser mais favorável. Também é importante lembrar que houveram anos em que o IGP-M fechou com valores negativos. Embora dificilmente isso aconteça ao longo de 2021, é possível que os valores abaixem um pouco com a reabertura gradual do mercado.
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