Joint Venture: saiba como funciona essa estratégia

O mundo dos negócios é conhecido por ser extremamente competitivo, mas é importante ressaltar que existem vários exemplos de parcerias de sucesso no mercado.

Seja para suprir uma deficiência, alcançar um novo público ou aumentar o valor das ações da empresa na bolsa de valores, uma boa parceria pode ser determinante para alavancar uma empresa.

Uma das estratégias mais utilizadas nesses casos é de Joint Venture, e é justamente sobre ela que vamos falar em mais detalhes nesse artigo.

Então, para conhecer mais sobre o que é e como utilizar o Joint Venture, assim como todas as vantagens e desafios, confira a nossa análise completa e descubra se essa é uma boa opção para o seu negócio.

O que é Joint Venture?

O termo “Joint Venture” tem sua origem na língua inglesa e na tradução literal seria algo como “União com Risco”.

Deixando de lado a tradução mais literal, uma Joint Venture nada mais é do que a união de duas ou mais empresas que possuem um objetivo em comum.

Esse acordo é estabelecido por um contrato e possui um período determinado. Assim, ao longo da parceria, as empresas não perdem suas características próprias.

Geralmente, estamos mais familiarizados a ver notícias sobre as fusões, mas é importante não as confundir com as Joint Ventures.

Quais os diferentes tipos de Joint Venture?

Existem dois tipos diferentes de Joint Venture, a Contratual e a Societária, cada uma com suas próprias características.

A Joint Venture Contratual é aquela onde as empresas se unem através de um contrato, sem que haja a necessidade de fundar uma terceira empresa.

Nesse tipo de Joint Venture os riscos e lucros são compartilhados de acordo com os termos estabelecidos no contrato. A principal vantagem é que não há necessidade de mudanças estruturais nas empresas envolvidas.

Já a Joint Venture Societária é quando as empresas envolvidas fundam uma nova empresa para atuar pelo tempo do contrato. Desta forma, criam assim uma Pessoa Jurídica.

Joint Venture x Fusão

Como mencionamos no começo do nosso artigo, o mundo dos negócios é conhecido por sua alta competitividade. E não é incomum que um negócio de sucesso comece a sua expansão absorvendo empresas menores.

Nesse sentido, a fusão geralmente acontece entre gigantes do mercado que, ao invés de optar pela compra (opção que nem sempre está disponível), elas decidem se unir e formar uma nova empresa.

A estratégia de Joint Venture, por sua vez, é diferente. Embora as empresas estejam atreladas legalmente, o contrato é por tempo limitado. E uma vez que expira, as empresas voltam a atuar de forma totalmente individual.

Um dos exemplos mais famosos de Fusão no Brasil é a da Ambev, no ramo de bebidas. Em 2016 eles participaram de uma outra Fusão, dessa vez com a Do Bem.

Com essa nova parceria eles esperam aumentar o escopo da produção e distribuição no país, além da Ambev conseguir aumentar o seu portfólio de bebidas não alcoólicas.

Já no caso das Joint Ventures, um dos casos mais famosos é da BRF (que já é um fruto de Fusão entre Perdigão e Sadia) com a Singapore Food Industries, visando expandir os negócios no mercado asiático.

Em última análise, uma fusão acontece quando as empresas realmente têm o desejo de integrar todas as suas atividades. Já a Joint Venture é mais cirúrgica e é mercada principalmente pelo fato de ser algo com data para acabar.

Quais os principais benefícios?

Como você pode imaginar, existe uma série de benefícios em uma Joint Venture e eles variam de acordo com o modelo escolhido pelas empresas.

Porém, em ambos os casos existem alguns fatores em comum e um dos principais deles é suprir algumas necessidades para conseguir alavancar ambos os negócios.

Isso acontece muito com empresas de tecnologia que possuem modelos de negócios e até produtos que podem se complementar para abocanhar uma maior parcela do mercado ao invés de lutarem entre si como concorrentes.

Uma Joint Venture pode ser até um primeiro passo para um fusão de sucesso, já que é uma ótima oportunidade para os investidores conhecerem um pouco melhor os negócios e preparar o terreno para uma parceria mais duradoura.

Quais os principais desafios de uma Joint Venture?

Assim como em outros tipos de parcerias, nem tudo são flores neste tipo de união e ela pode apresentar alguns desafios únicos.

Quando as empresas são muito diferentes, pode haver um choque de cultura e de propósitos que podem levar a dificuldades.

Caso o contrato não seja bem estabelecido, também há sempre o risco de uma das partes acabar investindo mais do que a outra, seja em capital financeiro ou humano.

No fim, o principal desafio pode ser justamente alcançar os objetivos que foram delimitados no início da parceria.

Conte com a ajuda de especialistas para sua empresa

Uma Joint Venture pode ser sinônimo de sucesso para todos as partes envolvidas. Mas para isso é preciso avaliar muito bem a situação das empresas que constituem a parceria antes de firmar um contrato.

Em primeira análise é preciso verificar se as empresas possuem um objetivo claro e estão bem alinhadas para alcançá-lo, definir qual será a responsabilidade de cada um dos envolvidos e trabalhar com expectativas realistas.

Por envolver duas ou mais empresas trabalhando em equipe, os contratos também costumam ser bem mais complexos, o que costuma exigir a ajuda de profissionais.

Na DB Associados você conta com um time de especialistas que estão sempre prontos para ajudá-lo e isso vai desde o processo de avaliação, passando pela formulação do contrato até a consultoria das atividades de sua Joint Venture.