A Síndrome de Burnout tem se tornado uma recorrente doença que acomete o trabalhador e seu difícil diagnóstico tem colocado em risco as relações de emprego no Brasil e no mundo.
Como prova da referida recorrência e da preocupação mundial acerca da problemática, a doença foi classificada pela Organização Mundial de Saúde como estresse crônico de fenômeno ocupacional e, a partir do ano de 2022, fará parte da lista da Classificação Internacional de Doenças, CID-11.
Cenário atual e o ambiente de trabalho
Há que ser ressaltado que a Síndrome de Burnout já se tornou motivo de indenizações significativas, com a devida comprovação do nexo causal, nas reclamatórias trabalhistas, onerando de forma contundente o passivo da organização.
Apesar do exposto, encontramos muitos obstáculos a serem ultrapassados em relação à síndrome, uma vez que, apesar do seu crescimento acelerado, poucos mensuram a verdadeira dimensão do problema, principalmente no âmbito jurídico inteiramente, ligada a relação ao trabalho.
A exaustão, em virtude das atividades praticadas, extrapolando os limites mentais e corporais levando o trabalhador a um colapso, resume o ponto principal e alarmante da situação de muitos colaboradores no Brasil que, infelizmente, vem reportando um crescimento preocupante da doença a cada ano.
O cenário organizacional do presente reporta o quadro de funcionários sendo drasticamente reduzido, além disso, menos pessoas tem realizado mais tarefas e, para atingirem suas metas e objetivos, vinha se tornando cada dia mais comum o colaborador levar o trabalho para casa. Com o advento da pandemia, que introduziu o home office em alguns setores por tempo indeterminado, a situação foi extremamente agravada e de reflexos ainda imensuráveis.
Como prevenir o estresse no ambiente de trabalho
Mas como a empresa poderá se prevenir de tal situação dada a crise financeira que assola nosso País? Em um primeiro momento, é imprescindível que a empresa ofereça um ambiente confortável mesmo dentro das limitações existentes, crie uma agenda equilibrada, incentive os trabalhos em grupo, dê um up grade na comunicação, proporcione momentos de descontração, realize pesquisas de clima organizacional e incentive a prática de atividades físicas para diminuir o estresse no ambiente de trabalho.
Posto isso, e em um segundo momento, a empresa deve capacitar sua liderança na identificação de sinais da doença em seu time, bem como viabilizar a implantação de equipes multidisciplinares com o intuito de detectar as falhas na dinâmica praticada no ambiente de trabalho, utilizando ferramentas como as auditorias trabalhistas e o Compliance.
Com a prevenção, naturalmente a organização proporcionará ao empregado um ambiente de trabalho sadio a fim de que possa desenvolver suas atividades de forma produtiva, afinal de contas, o capital humano é a mola propulsora da atividade empresarial.
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